Existem muitos mistérios ainda não revelados sobre as regiões mais profundas do oceano. Acredita-se que ainda não exploramos nem 10% dessas regiões que despertam a curiosidade e o fascínio de muitos. Encontramos ali condições peculiares, como por exemplo, profundidades onde a luz solar não consegue atingir e, portanto, sem fotossíntese, onde vivem seres como peixes, crustáceos, águas-vivas, esponjas, de cores cinza e escuros, de formas variadas e muitas vezes estranhas, cegos ou com luz própria, que parecem ter saído de algum filme de ficção. A temperatura fica em torno de 4°C e a pressão aumenta em 1atm a cada 10m de profundidade (em terra firme e ao nível do mar, estamos submetidos a pressão de 1atm).
Segundo a SIGEP - Comissão Brasileira de Sítios Geológicos e Paleobiológicos, podemos dividir essas regiões com ausência de luz e grande profundidade em zona abissal e hadal. A zona abissal ou abissopelágica é uma região do fundo do oceano com mais de 2.000m e menos de 6.000m. Já a zona hadal ou hadopelágica, é a mais profunda do oceano, com mais 6.000m de profundidade, abaixo da zona abissal e corresponde, em grande parte, a regiões de fossas oceânicas. Pode atingir a profundidade de 11.000m e pressões de até 1100atm.
Como estratégia para caça, alguns seres abissais possuem antenas/hastes para atrair as presas com uma luz na ponta. Essa luz é gerada pela combinação de duas substâncias que estão dentro de uma glândula, a luciferina (combustível) e a luficiferase (catalisador). Este fenômeno é chamado de bioluminescência e produz uma luz fria, sem emitir calor.
Como estratégia para caça, alguns seres abissais possuem antenas/hastes para atrair as presas com uma luz na ponta. Essa luz é gerada pela combinação de duas substâncias que estão dentro de uma glândula, a luciferina (combustível) e a luficiferase (catalisador). Este fenômeno é chamado de bioluminescência e produz uma luz fria, sem emitir calor.
Devido a disponibilidade escassa de alimento, bocas gigantescas e estômagos ainda maiores permitem que os seres que habitam estas zonas se alimentem, muitas vezes, de indivíduos maiores que eles mesmos, garantindo fonte energética por um período de tempo maior. Outros organismos sobem para a superfície para alimentar-se comendo plâncton e outros animais marinhos.
A primeira vista, esta região do planeta pode parecer um tanto quanto estranha, bizarra e até causar medo em algumas pessoas, fazendo com que muitos pensem que não vale a pena estuda-la, mas como qualquer outro ecossistema da Terra, as zonas abissais têm a sua importância no equilíbrio do planeta e por isso, precisa ser pesquisada e preservada. Novas espécies são descobertas todos os dias e novas tecnologias estão sendo produzidas para explorar este ambiente escuro e misterioso.
Nenhum comentário:
Postar um comentário